Estima-se que o país consuma cerca de 18 mil toneladas de aço por ano. Em entrevista à FORBES, Luís Diogo, director-geral da Fabrimetal, que investiu recentemente 2 milhões de dólares na sua fábrica em Viana, para construção de uma zona de sucção de fumo, no sentido garantir uma boa relação com a natureza, diz que, apesar da importância que representa para economia nacional e para o ambiente, o sector ainda é muito informal.
Hoje já conseguimos medir quanto vale o mercado do aço no país?
Ainda não conseguimos medir isso a 100%, mas, já podemos ter uma ideia em termos de consumo de aço em varão. Acreditamos que mensalmente o país consuma cerca de 18 mil toneladas de aço.
Temos assistido a uma vandalização de alguns bens públicos, desde que surgiu a indústria do metal, como é o caso das tampas das sargentas. Como é que vocês têm olhado para Isso?
Não vemos isso com bons olhos e repudiamos essas práticas, daí a importância da maior formalização deste mercado como referi acima. Se todas as entidades que têm como objecto a produção de metal estiverem devidamente licenciadas e forem acompanhadas pelas autoridades competentes, certamente terão de implementar alguns procedimentos para aferir melhor que tipo de sucatas estão a adquirir e quem a está a vender.
Que analise faz sobre o negócio de sucatas em Angola?
É um mercado que, não obstante a sua importância para a economia do país e para o meio ambiente, é ainda muito informal. Nós estamos a fazer a nossa parte contribuindo para a formalização do mercado, adquirindo apenas a entidades devidamente constituídas e em actividade, com emissão de facturas nos termos da lei, não aceitando qualquer tipo de sucata.
Que estratégias amigas do ambiente vocês têm adoptado?
No âmbito do ambiente nós estamos a aumentar os espaços verdes dentro da fábrica e no exterior, com plantação de arvores e pequenas zonas ajardinadas.
Que mensagem têm passado as autoridades competentes?
A nossa sugestão é que acompanhem efetivamente as entidades que estão a adquirir os metais ferrosos e assegurem que todas cumprem a lei vigente (alvará industrial, licenças ambiental de instalação e de operação, plano de gestão de resíduos, que fazem as aquisições com base em documentos fiscalmente aceites).