Dados avançados, há dias, pela secretária de Estado para a Acção Climática e Desenvolvimento Sustentável de Angola, Paula Cristina Coelho, dão conta que menos de 30% dos profissionais no país possuem habilidades digitais avançadas, realidade que, para a responsável, traz um duplo desafio e uma oportunidade de desenvolvimento local.
Segundo defendeu Paula Coelho, um dos pilares fundamentais da inovação é o desenvolvimento de competências no sector de petróleo e gás, a capacitação em tecnologias avançadas e a formação de líderes visionários, que considerou serem essenciais.
Durante a sua intervenção na recém-realizada 4.ª edição da “Mesa Redonda com CEO´s”, a integrante do Governo de Angola disse que o fortalecimento do ecossistema de inovação com o apoio às start-up locais, os incentivos ao desenvolvimento, soluções tecnológicas e autóctones têm o potencial de catalisar o surgimento de novas oportunidades.
Portanto, a diversidade e a inclusão também mereceram destaque na alocução de Paula Coelho. Dados estatísticos indicam que empresas globais que implementam políticas de inclusão têm, em média, resultados de receitas até 19% superiores, evidenciando o poder da diversidade cultural e de género como diferencial competitivo.
“Em sectores que enfrenta mudanças rápidas, a diversidade fortalece a nossa capacidade, inovação e adaptação às exigências do mercado. Portanto, promover um ambiente inclusivo e diverso na liderança não é apenas desejável, mas é estratégico”, realçou a secretária de Estado.
Sobre os desafios globais da actualidade, a responsável afirmou que a volatilidade do preço internacional do petróleo continua a impactar directamente a economia angolana. “A cada variação negativa de 1% no preço global representa uma perda no potencial de aproximadamente 90 milhões de dólares nas receitas governamentais”, precisou.
Este cenário, realçou, reforça a necessidade da diversificação económica, uma prioridade para o Executivo do país, “que incentiva iniciativas que não apenas reduzem a independência petrolífera, mas também o fomento, a inovação e a resiliência regulatória”.
*Napiri Lufánia