Cerca de 80% do tempo gasto pelas empresas angolanas e um terço das suas verbas disponíveis têm servido para reagir a problemas de “manutenção correctiva”, apontou João Moura, representante da Ernest & Young e um dos prelectores do 4º Congresso Nacional de Gestão e Manutenção de Activos, realizado, há dias, em Luanda.
Segundo o especialista, a contribuir para esta realidade está a falta de estratégias de gestão de manutenção, por parte das empresas. Ao abordar “a gestão de activos na estratégia de uma empresa, como forma de ajudar na redução dos custos de manutenção correctiva – como o caso da manutenção preventiva -, Moura afirmou que “ninguém está atrasado”, mas que há ainda um grande caminho pela frente.
“Quando se fala do peso em manutenção, aquilo que são os custos operacionais de uma empresa, a manutenção ocupa margens elevadas nessas representatividades. Em alguns casos chega a 15%, em outros, por operações mais complexas chegam a 25% e isso devia rondar em cerca de 8% nas despesas operacionais”, referiu João Moura, no certame organizado pela Associação Angolana de Gestão e Manutenção (AAMGA).
O responsável explicou que, no entanto, as margens por si apontadas variam de uma empresa para outra, acrescentando que, por este facto, são dados que requer alguma atenção dos gestores empresarias. “A gestão de activos, mais do que corrigir, quer prevenir falhas”, argumentou.
O 4º Congresso Nacional de Manutenção e Gestão de Activos decorreu de 17 a 18 deste mês e contou com aproximadamente 160 participantes, com destaque para entidades empresariais, de acordo com uma nota da organização enviada à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA.
Actualmente, a Associação Angolana de Gestão e Manutenção tem 91 associados, dos quais 58 são empresas e 34 a título individual.