Angola tem guardados mais de 1 milhão de quilates de diamantes, à espera que melhore o preço de mercado, para a sua comercialização, informou o presidente do conselho de administração da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama), José Ganga Júnior.
Citado pela agência angolana de notícias (Angop), no Dundo, capital da província diamantífera da Lunda Norte, na abertura do encontro de balanço semestral da produção de diamantes, com a duração de três dias, o líder da Endiama diz que, em termos práticos, Angola está sem compradores deste recurso, para com regularidade absorver os níveis de produção dos últimos seis meses.
“A situação do mercado não está muito boa neste momento, refletindo nos custos operacionais das empresas. Por isso, temos que encontrar formas de sobrevivência, usando a criatividade que se impõe”, sublinhou José Ganga Júnior.
Por outro lado, o responsável frisou que a Endiama continua num processo de reestruturação, em todas as vertentes, “para servir mais o país e fiscalizar melhor as empresas diamantíferas”.
De acordo com José Ganga Júnior, a diamantífera estatal angolana pretende também passar de “uma empresa meramente administrativa para produtiva”, no sentido de que Angola, em 2024, tenha um sector geológico-mineiro, particularmente na cadeia dos diamantes, mais fortalecido e capaz de dar robustez à economia nacional.
No primeiro semestre deste ano, Angola embolsou 711,7 milhões de dólares com a exportação de quase 4,6 milhões de quilates de diamantes, representando um decréscimo de 2,8% comparativamente ao período homólogo, sendo a meta de produção para este ano prevista de 12,41 milhões de quilates.