A Lusofonia Digital, um movimento global sem fins lucrativos, propõe-se a democratizar o acesso ao conhecimento científico nos países lusófonos, bem como a promover a transformação digital na sociedade e nas organizações.
“Nós somos um ecossistema de cidadãos que pretendem acelerar o desenvolvimento social, económico e educacional dos países lusófonos na era digital, sem qualquer tipo de remuneração, somos voluntários”, explicou o curador global do projecto, Pedro Martins.
De acordo com Pedro Martins, que falava à Lusa, este movimento, formalizado a 17 de Maio deste ano, já conta com mais de 200 conselheiros em todo o mundo e abrange oito capítulos nacionais – um em cada país da Lusofonia, à exceção da Guiné Equatorial – e seis capítulos de especialidade nas áreas da inovação, estratégia, tecnologia, universidades, futuro do trabalho, liderança e competências.
“O capítulo ‘Angola’ tem programas na rádio local, para transmitir informação, e a iniciativa presente neste país. Está, actualmente, a desenvolver um estudo sobre a participação das mulheres nas empresas de tecnologia de toda a Lusofonia, exemplificou.
Por sua vez, Ricardo Romão, curador da comunicação da Lusofonia Digital, considerou que o projecto “é uma democratização do conhecimento mais qualificado, que permite que as pessoas com os mais variados níveis de educação tenham acesso a valiosos recursos, nomeadamente em Moçambique, que está agora a atravessar todo o processo da digitalização.
Já Sázia Sousa, curadora da Lusofonia Digital no capítulo “Moçambique”, sublinhou a importância da digitalização no país, onde há cerca de quatro anos apenas 15% da população tinha acesso à internet e actualmente o número ronda os 30%.
“Com o capítulo de Moçambique da Lusofonia Digital, pretendemos usar esta plataforma de conhecimento, em parceria com instituições económicas e sociais, para divulgar mais daquilo que são os estudos e pesquisas de informação, de forma a educar as pessoas relativamente à digitalização e facilitar o seu acesso ao mercado de trabalho”, concluiu a curadora.