A obra literária“Carreiras Lusófonas – Experiências e Desafios da Migração”, da luso-timorense, Berta Montalvão, foi apresentada nesta Quinta-feira, em Luanda.
O livro, de 170 páginas, pretende dar destaque às vivencias, aos momentos de superação e à coragem de todos aqueles que conhecem o desafio da migração, em particular, nos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), como é caso do Claúdio França, único jornalista luso-angolano a ser pivot da Sic Notícias, canal de televisão português, e do CEO do Standard Bank de Angola, Luís Teles.
Para além dos desafios da mobilidade, abordam-se as questões relacionadas com os vínculos familiares, a gestão das emoções, o crescimento pessoal, a integração numa nova cultura e a trajectória profissional.
Segundo a autora, formada em Gestão de Recursos Humanos pela Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), a obra retrata 16 histórias de cidadãos lusófonos do mundo corporativo e das artes onde estão representados oito países da lusofonia com uma grande diversidade, em que cada um conta a sua histórias enquanto emigrante.
“Nesta obra, promovem-se também reflexões sobre a busca de melhores condições de vida, as oportunidades de trabalho e o desenvolvimento de competências e conhecimento”, disse.
Berta Montalvão considera que para quem pretende sair do seu país, pode contribuir para um melhor planeamento do movimento migratório, evidenciar novas realidades sociais e diferentes formas de trabalhar, promover uma atitude positiva perante a mudança e maior resiliência face a situações nunca experienciadas.
Falando sobre a sua trajectória durante a apresentação do livro, Claúdio França destacou o papel da sua família, tendo em conta os valores que lhe foram transmitidos, como a dedicação, coragem e empenho.
“A distância sempre foi muito atenuada por questões de educação, ou seja, as bases que me incutiram enraizaram aqui a cultura a cultura angolana familiar, uma família unida, acabaram por ser fundamentais na minha caminha e no meu processo de integração e também agora no meu processo profissional”, ressaltou.
Por sua vez, o CEO do Standard Bank de Angola, Luís Teles, elogiou a natureza do livro, por ser muito emotivo.
Entretanto, a nível do banco que dirige, segundo contou, lida com todo o tipo de diversidade, sobretudo de género.
“Na nossa organização tentamos valorizar a pessoa, independentemente do ruido que, às vezes, existe à volta extrai e desfoca. Há imensos desafios, a educação, a cultura e as crenças que nós temos manifestam-se no ambiente profissional”, expressou.