Os lucros dos sete bancos comerciais cabo-verdianos aumentaram 19,1% em 2023, atingindo um valor histórico de 5,2 mil milhões de escudos (47,1 milhões de euros), segundo dados divulgados pelo Banco de Cabo Verde (BCV).
No relatório de estabilidade financeira de 2023, o banco central revelou que a evolução positiva dos resultados do sector, depois de impostos, foi transversal a todo o sistema bancário cabo-verdiano.
O Banco Comercial do Atlântico (BCA), detido pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) e cuja participação maioritária (59,81% do capital) está em processo de venda à Coris Holdings do Burkina Faso, e o International Investment Bank (IIB), participado em 10% pelo português Novo Banco, foram os que tiveram maior contribuição para os resultados positivos, com 25,45% e 25,9%, respectivamente.
Seguem-se a Caixa Económica de Cabo Verde (CECV), com 18,25%, o Banco Cabo-verdiano de Negócios (BCN), com 8,44%, o Banco Angolano no Investimento Cabo Verde (BAICV), com 8,23%, o Banco Interatlântico (BI), com 7,37%, e do Ecobank (6,36%).
A melhoria do desempenho financeiro do sector bancário em 2023, prosseguiu o BCV, deveu-se sobretudo ao aumento da margem financeira, em 8,9% face a 2022, mas também o menor fluxo de imparidades.
“Contudo, as maiores contribuições positivas vieram de três bancos: dois de elevada importância sistémica e um não sistémico, cuja contribuição conjunta representa 69,6% do aumento dos lucros”, referiu o regulador cabo-verdiano, citado pela Lusa.