Banco de Fomento Angola (BFA) anunciou, há dias, ter registado um aumento de 23,5% nos seus resultados líquidos durante o primeiro semestre do ano em curso, para 83,0 mil milhões de kwanzas, comparativamente ao período homologo de 2022, apesar da forte depreciação cambial da moeda nacional face ao dólar.
Num comunicado a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso, o banco justifica que o desempenho financeiro verificado “resultou do crescimento significativo do produto bancário”, em 17, 5 mil milhões de kwanzas, fruto do aumento da margem financeira e da margem complementar que se fixaram em 116,4 mil milhões de kwanzas e 26,1 mil milhões de kwanzas, respectivamente.
“Em Junho de 2023, o activo total ascendeu para 3 360,9 mil milhões de kwanzas e os recursos de clientes a 2 730,2 mil milhões de kwanzas, o que representa um aumento de 39% e 48,6% com relação a igual período do ano passado, respectivamente”, lê-se na nota.
De acordo ainda com o documento, a carteira de crédito total registou um crescimento de +30,4%, o que representa um acréscimo de 165,6 mil milhões de kwanzas face ao período homólogo, atingindo um valor de 710,0 mil milhões de kwanzas. Este aumento é explicado pelo crescimento do crédito concedido em moeda nacional, parcela preponderante no crédito total, que subiu 24,6%, fixando-se em 498,5 mil milhões de kwanzas.
Entretanto, os capitais próprios aumentaram 17,5% face ao período homólogo, tendo-se fixado em 483,1 mil milhões de kwanzas. Terão contribuído para esta variação positiva, diz o BFA, as reservas e resultados transitados e o resultado líquido do período.
“No período em análise verificou-se igualmente uma melhoria do rácio cost to income, de 43,3% para 38,3%. Esta variação resulta do aumento do produto bancário de 142,6 mil milhões de kwanzas. Os custos de estrutura apresentaram um aumento de +2,2% face ao primeiro semestre do ano passado, transitando de 55,1 mil milhões de kwanzas para 55,3 mil milhões de kwanzas”, avança o banco.