O Banco Caboverdiano de Negócios (BCN) registou lucros de 4,7 milhões de euros em 2022, um crescimento de quase 17% face ao ano anterior, indica o relatório e contas da instituição.
Segundo o documento, apesar dos lucros gerados por aquele banco – que foi liderado durante vários anos, até à resolução, pelo português ex-Banif -, os accionistas mantêm a opção de “não distribuir dividendos” no horizonte 2018-2022, para “potenciar a sua actividade”, conforme “posição prudente e tendo em vista o reforço dos capitais próprios do banco”.
O banco fechou as contas de 2022 com um resultado líquido superior a 4,7 milhões de euros, um aumento de 16,9% face aos lucros de quatro milhões de euros em 2021. Nesse ano, os lucros já tinham crescido 51% e no ano anterior mais quase 6%.
“O BCN é hoje o único Banco 100% nacional a operar em Cabo Verde. A nossa história tem a sua origem com a abertura, em Fevereiro de 1996, de uma sucursal do Banco Totta & Açores de Portugal na cidade da Praia, ilha de Santiago”, recorda o relatório e contas da instituição, que assinalou em 2022 os 25 anos de actividade.
“O ano que agora termina marcou o fim de um ciclo estratégico [2018-2022] cuja execução, muito bem conseguida, permitiu ao banco duplicar a sua dimensão [no crédito concedido, nos recursos de clientes e nos capitais próprios] e, por conseguinte, consolidar a sua posição no mercado financeiro cabo-verdiano, sendo, neste momento, o terceiro maior Banco cabo-verdiano”, lê-se na mensagem do conselho de administração que consta do relatório e contas.
“A par do equilíbrio no balanço, o banco continua a apresentar uma elevada solidez, com um rácio de capital de 15,8%, continuando a apresentar níveis confortáveis de cobertura do crédito em incumprimento pelas imparidades, 86,1%, e um elevado nível de eficiência operacional com um rácio de eficiência de 42,6%”, sublinha ainda o documento citado pela Lusa.