Os lucros da Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH) aumentaram 75% no exercício terminado em Junho, face ao mesmo período de 2022, para 64,8 milhões de dólares, segundo dados da petrolífera estatal.
Nas demonstrações financeiras divulgadas pela empresa, referentes ao período de 01 de Julho de 2022 a 30 de Junho de 2023, a administração da CMH reconhece um “aumento substancial” nos lucros, “provocado pelo aumento dos preços do petróleo e por uma gestão criteriosa e orientada ao resultado”.
Além disso, o presidente do conselho de administração justifica o crescimento nos lucros, tendo em conta os 37,2 milhões de dólares no exercício 2021 a 2022, com o ligeiro aumento da produção no país, com os novos furos de gás de Pande28, Pande29, Pande30 e Pande31, bem como pelo menor custo operacional em comparação com as assunções do orçamento.
“No entanto, ainda temos desafios quanto à disponibilidade de reservas provadas para garantir o fornecimento de gás no âmbito dos contratos assinados. Durante este exercício financeiro investimos em alguns furos adicionais em Pande, que alcançaram o comissionamento em Dezembro de 2022 e continuamos a investir em outros furos adicionais nos campos de Pande e Temame”, descreve Arsénio Mabote.
A CMH desenvolve a actividade operacional de produção petrolífera e é controlada pela empresa estatal moçambicana de hidrocarbonetos, que detém 70% do seu capital social e foi indicada pelo Governo do país para, juntamente com a sul-africana Sasol Petroleum Temane (SPT), conduzir as operações petrolíferas nas áreas dos campos de produção de Pande e Temame, por um período de 30 anos, ao abrigo do Acordo de Produção de Petróleo, assinado em Outubro de 2000.
A CMH, segundo a Lusa, fechou o o mês de Junho último com um activo total que cresceu para 382,5 milhões de dólares, contra um passivo que caiu no mesmo período para 120,5 milhões de dólares.