A mobilidade tem sido um problema em Luanda. O governo prevê, por isso, lançar, ainda este ano, as obras para o futuro metro de superfície, num investimento de cerca de 3 mil milhões de dólares, segundo avançou o ministro dos transportes, Ricardo Viegas de Abreu.
O governante que falava na abertura da conferência internacional sobre “Os desafios da mobilidade e as soluções para Luanda”, adiantou que o projecto “metro de superfície” vai contemplar quatro fases, sendo que a primeira, numa extensão de 37 quilómetros, ligará a Centralidade do Kilamba ao Porto de Luanda e poderá consumir entre 24 milhões de dólares a 28 milhões de dólares por quilómetro. O troço deverá estar concluído em 2025 e beneficiar cerca de três milhões de habitantes, dos quais 65% desloca-se diariamente para o centro da cidade.
No global, a linha do Metro de Superfície de Luanda terá uma extensão de 149 quilómetros, abrangendo os eixos Porto de Luanda/Cacuaco, Avenida Fidel Castro Ruz/Benfica, Porto de Luanda/Largo da Independência e Centralidade do Kilamba/Porto de Luanda.
O Metro de Superfície de Luanda será desenvolvido num regime de parceria público-privada, envolvendo agentes que garantam a execução rigorosa das várias componentes, associadas ao investimento.
“Os trabalhos desenvolvidos, até à data, permitiram estabelecer dois memorandos de entendimento com um parceiro de experiência internacional, a SIEMENS, abrangendo também a componente tecnológica e formativa”, explicou Ricardo de Abreu.
A companhia alemã Siemens Mobility foi a escolhida desde então para construir o Metro de Superfície de Luanda, no âmbito de uma parceria público-privada, com arranque inicial previsto para 2019. Angola terá uma participação minoritária no projecto, que ronda os 30%, cabendo à outra parte (70%).