O músico músico Loony Johnson tem o seu primeiro espectáculo no Coliseu dos Recreios marcado para 20 de Outubro, para lançar o quarto álbum e promete uma noite de celebração e de homenagem à cultura africana, em particular a cabo-verdiana.
António Miranda, mais conhecido artisticamente como Loony Johnson, nasceu em Lisboa e cresceu em Algés, num bairro de lata das décadas de 80 e 90, numa comunidade cabo-verdiana, de onde vem também a sua ascendência.
“A comunidade imigrante traz sempre a sua cultura consigo. As tradições e a música faziam parte do quotidiano, e desde pequenino que foi surgindo o sonho de poder lá chegar”, referiu o artista à agência Lusa.
Começou como DJ, nos anos 90, nas discotecas, em Lisboa, mas, posteriormente, passou a incorporar nas suas músicas as raízes africanas, tendo lançado o seu primeiro álbum em 2006. Define a sua sonoridade como “do mundo”, porque “não se prende a um estilo específico”, e pode produzir desde kizombas a afrobeats, assim como música mais tradicional de Cabo Verde.
“Representar Cabo Verde e a bandeira portuguesa é muito importante para mim. Sacrifiquei muito para chegar aqui e vou dedicar esta conquista aos cabo-verdianos, ao meu pai, que faleceu em 2021 e que infelizmente nunca me viu actuar nestas dimensões, mas também à minha mãe, que tinha o sonho de me ver pisar um palco destes”, declarou o artista que vai lançar o álbum Mocinho.
Segundo o cantor, esta alegria não é só sua, é também dos que sempre o apoiaram e do público que o segue há vários anos e lhe pedia um concerto neste formato.
A actuação vai ter a presença de artistas de renome na cultura africana, que a representam internacionalmente, mas que têm um cunho pessoal para Loony Johnson, porque o apoiaram durante a sua carreira. Dos artistas já anunciados, surgem nomes como Nelson Freitas, Elida Almeida, Kaysha, Djodje, Danni Gato, Tó Semedo e o português Nuno Ribeiro.