A SEIVA – Associação para Agronegócio e Empreendedorismo, em parceria com a Fundation Ondyla, uma instituição privada Suíça, lançaram esta semana, em Luanda, o livro com o título “O Impacto Transformador do Agronegócio – Motor de Desenvolvimento para Angola”, que pretende trazer o conhecimento e a capacidade de poder organizar e transformar o agronegócio no país.
A estruturação do livro é fruto do trabalho desenvolvido em Angola no acompanhamento das actividades de campo de várias experiências nacionais e internacionais.
José Maria Wanassi, presidente da SEIVA, que falava à impresa à margem do lançamento da obra literária, disse que o propósito do livro é ser uma plataforma de mobilização, divulgação, união e de realizar o desejo de transformar Angola numa potência agrícola.
O projecto do lançamento do livro, segundo o responsável, teve três razões: “a primeira é que nós sentimos como cidadãos angolanos, como quadros angolanos que temos uma responsabilidade com o país, temos também que contribuir com este desafio que é pôr a agricultura no centro do desenvolvimento de Angola. A segunda é que nós temos uma missão que é Angola. Nós amamos Angola, é o país pelo qual brilhamos e investimos. Isso fez-nos considerar que este amor por Angola tem que ser retribuído com trabalho e essencialmente pelo contributo pelo país. A terceira razão é a transversalidade da actividade do agronegócio”, enumerou.
O objectivo do livro é ainda de contribuir, participar e dinamizar a discussão, entre vários actores intervenientes da cadeia de valor agrícola, sobre como o agronegócio pode impulsionar o desenvolvimento sustentável de um país, com impacto na economia, nas famílias e nas pessoas, em particular do meio rural.
José Maria Wanassi disse acreditar que a agricultura é um motor de desenvolvimento no país, defendendo que depende dos angolanos perceber esta realidade, sendo que, acrescentou, “os agricultores pretendem transmitir isto como um facto”. Relembrou ainda uma experiência feita no Dondo, sede do município de Cambambe, província de Cuanza Norte, com algumas famílias que tiravam 400 kg a 500 kg e passaram a tirar uma tonelada.
“É possível fazer destas coisas em todo país, em várias culturas e gerar volumes que possam ser exportados, mas inicialmente cobrir a nossa cesta de necessidades. Isto só é possível com o homem no centro para fazer esta transformação. Eu não só acredito: é fundamental”, referiu.
Por sua vez, o ex-secretário de Estado de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal do Brasil, Argileu Martins, que testemunhou o acto de lançamento, considerou que Angola não tem apenas pontencialidades, mas um conjunto de vantagens comparativas a outros países de África e do mundo, que são exclusivas. “Nós acreditamos que o desenvolvimento na evolução do agronegócio depende de factores que estão ao alcance dos angolanos sem nenhuma dependência externa”, afirmou.
*Napiri Lufánia