O número de empresários chineses com interesse em aprender a língua portuguesa para investir em países lusófonos tem crescido todos os anos, sendo que os mesmos apontam o Brasil, Cabo Verde e, mais recentemente, Moçambique, como os principais alvos, segundo revelou o presidente do Instituto Português do Oriente (IPOR), Joaquim Ramos.
A FORBES apurou que o IPOR, sediado em Macau, faz cerca de 400 exames de certificação por ano, atraindo cada vez mais formandos do interior da China, incluindo interessados na cultura portuguesa e em seguir uma carreira ligada à tradução.
Durante o semanário bilingue chinês-português, realizado nesta terça-feira em Macau, Joaquim Ramos referiu que o Instituto tem também atraído investidores interessados em obter certificação de domínio básico do português, no âmbito de processos de candidatura ao programa de Autorização de Residência para Actividade de Investimento em Portugal, também conhecido por programa dos “vistos gold”.
O IPOR foi constituído com o objectivo de preservar e difundir a língua e a cultura portuguesas no Oriente, com vista à continuidade e aprofundamento do diálogo intercultural, participar no apoio às comunidades de raiz cultural portuguesa, valorizando a difusão da língua e cultura portuguesas como instrumento privilegiado de promoção das relações culturais, económicas e de cooperação empresarial.