Quando se fizer a história do automóvel no século XXI, é possível que Elon Musk surja como o Henry Ford da nova era. Para os mais desatentos, lembre-se que não decorreu uma década desde o lançamento do Tesla Model S. A 24 de Fevereiro, a empresa de Musk negociava em Bolsa com uma capitalização bolsista de 152,8 mil milhões de euros. Volkswagen, General Motors e Ford somadas valiam então 154,4 mil milhões de euros.
Liderou a guerra ao petróleo na estrada e obrigou a concorrência a persegui-lo. No frenético movimento electrificado da indústria, a Tesla é o símbolo da nova ordem automóvel. Entre duas dúzias de marcas, há meia centena de modelos distintos já à venda ou prestes a chegar a Portugal, alguns que já vão de Coimbra a Faro com uma carga, permitem carregamentos para 250 quilómetros em 20 minutos, mais que duplicam a velocidade máxima legal nas auto-estradas sem emissões de escape e até têm a bênção do fisco.
Quando se fizer a história do automóvel no século XXI, é possível que Elon Musk surja como o Henry Ford da nova era.
Não os ouvimos, mas vemo-los cada vez mais nas ruas. Alguns com desenho específico, como os actuais membros do top 5 do mercado – Tesla, Nissan, Renault, BMW e Jaguar –, outros com os motores eléctricos escondidos debaixo de uma carroçaria comum, única solução admissível para os responsáveis da Citroën, DS, Opel e Peugeot. São a nova era do mundo automóvel e a grande promessa para uma mobilidade mais sustentável, ainda que a montante, na exploração dos minerais para as baterias e na produção de electricidade, e a jusante, na reciclagem dos materiais, possa haver custos ambientais que muitos defendem mais nefastos que o dos carros a combustão.
Que modelos se pode comprar hoje ou nos próximos 24 meses, quanto custam e duram as baterias, que tipo de carregamentos temos ao dispor, quem está a liderar o mercado. A cada pergunta, as devidas respostas. Na FORBES de Março, nas bancas.