No início de 1975, quando andava na faculdade, o meu amigo Paul Allen mostrou-me uma edição da Popular Electronics com um artigo sobre o computador Altair 8800, o primeiro computador pessoal que vingara comercialmente.
Nessa altura, pensámos na mesma coisa: “esta revolução vai acontecer mesmo sem nós!”
Estávamos certos que o software mudaria o mundo e estávamos preocupados com o facto de que, se não aderíssemos rapidamente à revolução digital, estaríamos a perder uma grande oportunidade.
Essa conversa ditou o fim da minha carreira universitária e o início da Microsoft. Nos próximos 100 anos surgirão novas oportunidades como essa.
Nos dias que correm, qualquer pessoa com uma boa ideia pode partilhá-la rapidamente com todo o mundo. O ritmo da inovação está a acelerar, abrindo assim, e mais do que nunca, a porta à exploração de novas áreas – e só agora começámos a explorar o potencial da inteligência artificial no que toca a ajudar as pessoas a serem mais produtivas.
Na área das ciências da vida abrem-se cada vez mais perspectivas de ajudar as pessoas a viver mais e melhor.
Os grandes avanços na área das energias limpas serão cada vez mais baratos e estarão cada vez mais acessíveis, ajudando deste modo no combate à pobreza e a evitar os piores efeitos das alterações climáticas.
O potencial desses avanços é incrível — podem poupar e melhorar a vida de milhões — mas não são inevitáveis.
Só acontecerão se as pessoas estiverem dispostas a apostar numa série de ideias loucas, cientes de que algumas delas não funcionarão, mas que surgirá sempre uma ou outra descoberta capaz de mudar o mundo.
Nos próximos 100 anos precisamos de pessoas que continuem a acreditar no poder da inovação e que arrisquem e avancem com ideias revolucionárias.