O Presidente de Cabo Verde, José Maria Pereira Neves, acredita que as mulheres podem alcançar todos os patamares da sociedade, por direito, e por mérito já demonstrados, em todas as áreas profissionais, em lugares de direcção ou na política.
Numa mensagem a propósito do Dia Internacional da Mulher, que hoje se comemora, apesar do caminho ainda por percorrer, José Maria Pereira Neves refere que a vida das mulheres teve uma série extraordinária de conquistas, a nível mundial, nos últimos 100 anos.
No caso de Cabo Verde, destaca, a independência é o marco a partir do qual as mulheres viram a sua situação a evoluir de uma forma sempre ascendente, seguindo a tendência do resto do mundo. Porém reconhece que os últimos anos têm sido de muita dificuldade para os cabo-verdianos, em geral, e para as mulheres, em particular.
A pandemia da Covid-19, que paralisou a indústria do turismo, segundo admite, afectou duramente as mulheres, que são quase a totalidade dos empregados em alojamentos e restauração.
“A guerra na Ucrânia inflacionou o custo de vida, principalmente das famílias monoparentais de baixos recursos e chefiadas por mulheres”, lê-se na mensagem publicada no website do Governo de Cabo Verde.
Na qualidade de Presidente da República, o chefe de Estado prometeu empenhar-se na defesa dos direitos da mulher, ou seja, na defesa dos Direitos Humanos e da Constituição da República, no que se refere à promoção da igualdade de oportunidades entre os cidadãos.
Por sua vez, o Primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada, expressou a sua admiração e gratidão a todas as mulheres santomenses, pois são alicerces fundamentais das famílias, comunidades e nação.
“Hoje, celebramos as vossas conquistas e agradecemos pelo trabalho árduo e dedicação. Em todos os campos de actuação, vocês têm dado exemplo de coragem, determinação e resiliência”, escreveu Patrice Trovoada.
Já a presidente da Comissão da União Africana, Mousa Faki Mahamat, considera que as mulheres, especialmente as jovens, devem estar no centro da transformação digital, a fim de se ampliar as contribuições das mesmas nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (STEAM), em um mundo onde a inovação é moeda, nossa agenda de desenvolvimento estará comprometida.
“É, portanto, meu desejo que procuremos maneiras críticas de reduzir a divisão digital de género e fazer das mulheres, particularmente mulheres jovens e meninas, um eleitorado prioritário neste sector de desenvolvimento do futuro para alcançar a igualdade de género na África e além”, assegurou.
O Dia Internacional da Mulher está a ser hoje celebrado, um pouco por todo o mundo, sobe o lema “Por um Mundo Digital Inclusivo: Inovação e Tecnologia para a Igualdade de Gênero”, alinhado à temática prioritária da 67ª sessão da Comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a Situação das Mulheres – “Inovação, Mudança Tecnológica e Educação na era Digital para Alcançar a Igualdade de Género e o Empoderamento de Todas as Mulheres e Meninas.