Os Chefes de Estado dos Países de língua oficial portuguesa encontram-se em Portugal para as celebrações nesta Quinta-feira, 25 de Abril, do 50º aniversário da Revolução dos Cravos, movimento que em 1974 pós fim à ditadura, às guerras coloniais e deu início à instauração da democracia.
Foi a 25 de Abril de 1974 que a ditadura implantada em Portugal, a mais antiga da Europa Ocidental, conheceu uma reviravolta, liderada por sub-oficiais que puseram cravos vermelhos nas suas armas e que, rapidamente, tiveram o apoio da população, pões fim, sem derramamento de sangue, a um regime ditatorial que durou 48 anos.
A conhecida Revolução dos Cravos, fez com que se abrisse a corrida às primeiras eleições livres que aconteceram um ano depois em Portugal, exactamente a 25 de Abril de 1975, assim como para o processo de independência das colónias portuguesas em África, nomeadamente de Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
Os Chefes de Estado, das outrora colónias portuguesas, José Ramos-Horta (Timor-Leste), José Maria Neves (Cabo Verde), Carlos Vila Nova (São Tomé e Príncipe), Umaro Sissoco Embaló (Guiné-Bissau), João Manuel Gonçalves Lourenço (Angola) e Filipe Nyusy (Moçambique) encontram-se na capital portuguesa, Lisboa, para juntos celebrarem a independência conquistada e que, a partir das 17h00 (hora local) desta Quinta-feira, estarão no Centro Cultural de Belém para a “Cerimónia Evocativa dos 50º Anos do 25 de Abril”, em que se prevê que, por ordem alfabética, cada um deles venha a proferir um discurso.
O Presidente brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva, estará representado no acto pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
De acordo com o programa das comemorações a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso, a cerimónia evocativa culminará com a intervenção do Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que de seguida oferece um jantar solene aos seus homólogos e demais convidados, no Palácio Nacional da Ajuda.