O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou esta semana, na abertura do Fórum Internacional de Dacar sobre Paz e Segurança em África – dedicado ao tema “Desafios de Estabilidade e Emergência em África no mundo pós-covid” – que a segurança dos países não tem fronteiras, na medida em que depende dos contextos sub-regionais e regionais, e é condição para desenvolvimento socioeconómico do continente africano.
“Todos estes desafios serão vencidos, somente se formos capazes de assegurar a estabilidade e a segurança sub-regional, regional, internacional. A segurança não tem fronteiras, a defesa e a segurança nacionais dependem largamente do contexto securitário sub-regional e regional. Este é o fundamento do nosso Conceito Estratégico de Defesa Nacional na Guiné-Bissau”, disse Umaro Sissoco Embaló, no evento organizado pelo Senegal e a Avisa Partners, que terminou nesta Terça-feira.
Neste sentido, o líder guineense apelou a comunidade internacional e a todos os Estados a continuar a apoiar os esforços para garantir a segurança na região do Sahel, nos países costeiros e noutras partes da África e do mundo.
O chefe de Estado da Guiné-Bissau disse acreditar que há uma relação de causalidade entre os desafios securitários e os objectivos de desenvolvimento e espera que o fórum contribua para a busca de soluções globais para o efeito, incluindo no relançamento do contexto económico pós-covid-19.
Com o objectivo de permitir que o continente africano faça ouvir a sua voz sobre questões de segurança internacional, o Fórum Internacional de Dacar sobre Paz e Segurança em África foi criado em 2014 , numa iniciativa do Presidente senegalês, Macky Sal, que assume a presidência da União Africana em fevereiro de 2022.
No evento, segundo a organização, estão presentes o Presidente da África do Sul, Cyrill Ramaphosa, da Níger, Mohamed Bazoum, do Conselho Europeu, o belga Charles Michel, e do presidente da comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat. A França, que vai assumir a presidência do Conselho da União Europeia no início de 2022, fez-se representar pela ministra das Forças Armadas, Florence Parly, e pelo chefe da diplomacia, Jean-Yves Le Drian.
Fonte: Lusa