Inaugura hoje a primeira Bienal de Arquitectura de Veneza com curadoria de uma africana sob o mote “O Laboratório do Futuro”.
A arquiteta escocesa-ganense Lesley Lokko pretende criar uma plataforma “para vozes que há muito foram silenciadas na Bienal de Arquitectura de Veneza” e explora a descolonização e a descarbonização, tópicos sobre os quais os africanos têm muito a dizer, reitera Lokko, citando a longa exploração do continente a nível de recursos humanos e ambientais.
“Pela primeira vez, os holofotes recaíram sobre África e a diáspora africana, aquela cultura fluida e emaranhada de descendentes de africanos que agora se espalha pelo globo. O que queremos dizer? E como o que dizemos mudará alguma coisa? E, talvez, o mais importante de tudo, como o que dizemos, interagirá e infundirá o que os “outros” dizem, de modo que a exposição não seja uma história única, mas várias histórias que reflectem o caleidoscópio deslumbrante e irritante de ideias, contextos, aspirações”, partilha a curadora.
A 18.ª Bienal de Arquitectura de Veneza decorre até Novembro com representações oficiais de 63 países, sendo Portugal e Brasil os únicos lusófonos presentes.