A legalização e a organização do mercado imobiliário angolano podem garantir uma contribuição anual de mais de 6% para o Produto Interno Bruto (PIB), segundo o presidente de direcção da Associação dos Profissionais Imobiliários de Angola (PIMA), Massada Culembala.
De acordo com Massada Culembala, que falava há dias na conferência de apresentação da 1ª edição do Congresso de Direito Imobiliário Angolano, o Estado perde “muito dinheiro” com a falta de uma regulação no sector imobiliário.
“Um projecto imobiliário que tem mais de 10 mil casas pode oferecer 30 mil postos de trabalho, porque é uma cadeia que integra pedreiro, ladrilhador, caixilharia, entre outros”, defendeu.
O responsável considera que com a legalização os intermediários cadastrados com carteira profissional terão a obrigação de apresentar os seus relatórios de transações, sobretudo.
A 1ª edição do Congresso de Direito Imobiliário Angolano vai decorrer em Luanda no próximo dia 29 de Fevereiro, sob o lema “com boas práticas promovamos a responsabilidade jurídica no sector imobiliário”.
O director da Linear Comunicação, entidade organizador do evento, Alberto Domingos, justifica a realização do congresso com a falta de literacia sobre o ramo imobiliário por parte de muitos operadores do referido sector.
“Esta falta de conhecimento tem levado frequentemente esses actores do sector imobiliário ao cometimento de crimes, sobretudo quando se trata de mediação imobiliária”, afirmou.
O certame vai abordar diversos temas, entre os quais “o regime jurídico de mediação imobiliária em Angola”, “lei do arrendamento urbano”, “regulamentação e enquadramento jurídico do sector imobiliário”, “lei de alienação fiduciária em Angola” e “novos pacotes de lei sobre o sector imobiliário em Angola”.