As Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) e a Fly Modern Ark (FMA), empresa sul-africana responsável pela reestruturação da companhia moçambicana, terminaram o seu acordo, conforme confirmado por fonte oficial à Lusa. O contrato, que começou em Abril de 2023, terminou em 12 de Setembro.
Theunis Christian de Klerk Crous, sócio das FMA e diretor interino da LAM entre Fevereiro e Julho deste ano, explicou que a empresa cumpriu a sua missão de revitalizar a companhia, que enfrentava graves problemas operacionais e uma dívida estimada em cerca de 300 milhões de dólares . “Encontramos a companhia quase na rota bancária, mas conseguimos manter-la a voar”, destacou Crous.
O fim do contrato coincide com a chegada de Américo Muchanga, o novo presidente da LAM, que substituiu Crous em julho. Durante a gestão da FMA, foram denunciados esquemas de desvio de dinheiro na venda de bilhetes, que resultaram em prejuízos de quase três milhões de euros. O Gabinete Central de Combate à Corrupção de Moçambique já iniciou um processo de investigação sobre estas questões.
No primeiro semestre de 2023, a LAM faturou 52 milhões de euros e está a planear a aquisição de mais quatro aeronaves. A companhia opera atualmente 12 destinos domésticos e voos regulares para várias cidades da região, incluindo Joanesburgo e Lisboa, que é o seu único destino intercontinental.