O Presidente da Comissão Executiva da Empresa Interbancária de Serviços (EMIS) de Angola, Duano Silva, lembrou esta semana, em Luanda, que com o lançamento, em 2020, da Nova Lei do Sistema de Pagamentos foi alargada a possibilidade de participação no mesmo de instituições financeiras não bancárias.
O gestor, que falava à imprensa à margem da 2ª Edição de TechInsight, que decorreu sob o lema “Inovação e Inclusão Financeira em Angola”, explicou que inicialmente eram [um sistema de pagamentos] restrito a instituições bancárias, mas que “agora as instituições financeiras não bancárias já podem utilizar instrumentos de pagamento”, apontando como exemplo o “Kwanza Instantâneo” – KWIK. “Com o KWIK fazermos, então, várias transações entre os vários participantes do sistema [de pagamentos]”, sustentou.
Segundo Duano Silva, estas instituições têm maior agilidade “provavelmente do que os bancos comerciais terão”, o que fará com que irão buscar os cerca de 65% dos angolanos adultos que ainda estão excluídos financeiramente através dos pagamentos.
“Será apenas o primeiro passo, depois obviamente que há necessidade de dar outros passos para inclusão financeira, como sendo, os estímulos da poupança, a concessão de créditos, estímulo a cuidar da saúde e do património, através dos seguros”, adiantou.
O responsável assegurou que os passos para inclusão financeira em Angola já estão a ser dados, estando uma comissão a tratar do assunto, defendendo que para haver inclusão financeira é necessário que tenha um conjunto de entidades que deve participar.
“Existe uma comissão para inclusão financeira que é liderada pelo Ministro de Estado da Coordenação Económica, onde tem o Banco Nacional de Angola (BNA), como um dos principais dinamizadores e nós a EMIS somos uma parte deste grupo para além, de outras entidades”, detalhou.
*Napiri Lufánia