Pedro Domingos Paposseco Manuel, angolano de 26 anos, residente no Estado americano de Oklahoma, foi admitido no passado mês a integrar a Pi Alpha Alpha, sociedade de honra académica de relações públicas e administração, gerida pela Associação Nacional de Escolas de Assuntos Públicos e Administração dos Estados Unidos da América.
O jovem integra também, desde 2020, a Pi Sigma Alpha, sociedade nacional de honra da ciências políticas dos EUA.
Em conversa com a FORBES, Paposseco, que actualmente trabalha como director residencial dos Traditions Square East, um dos condomínios da universidade, revela que a nível profissional ambiciona abraçar a carreira diplomática, esperando vir a ser um dos futuros embaixadores do país.
“Tendo em conta o meu amor e interesse pelas relações internacionais, experiência académica e de intercâmbio cultural acumuladas em Angola, Noruega, Estados Unidos, assim como no Brasil, Holanda, França, Polônia, Dinamarca, Alemanha e Bélgica, estou confiante de que serei um quadro extremamente importante para a diplomacia angolana”, acredita.
Como académico, refere, pretende tornar-se num líder de pesquisas de temas relacionados ao desenvolvimento humano e económico, corrupção, transparência e prestação de contas, por entender serem factores cruciais para o desenvolvimento de um país.
O angolano concluiu recentemente o mestrado em Administração Pública, com a nota 4.0 GPA (Grade Point Average), que equivale a 20 valores no sistema académico nacional, e um programa de pós-graduação em desenvolvimento de recursos humanos e diversidade da força de trabalho, na Oklahoma University, tendo sido o único estudante do país [Angola] no departamento de ciências políticas, durante os cursos de licenciatura e mestrado, o que lhe valeu uma distinção de mérito.
Paposseco nasceu e cresceu no bairro Curtume, município do Cazenga, onde fez o seu ensino primário. Entre 2010 e 2013, frequentou o curso de Língua Portuguesa no Instituto Médio Normal de Educação, conhecido como IMNE Marista de Luanda, integrando, segundo ele, o quadro de honra, pelo menos duas vezes em cada ano.
Em 2013, enquanto ainda concluía o ensino médio, foi agraciado com uma bolsa de estudos na Noruega para um Bacharelato Internacional (IB) no United World College Red Cross Nordic (UWC RCN). Entretanto, após ter completado o IB, em 2015, submeteu candidaturas a mais de oito universidades americanas e foi aceite em cinco, incluindo a de Oklahoma, em que, diz, adequava-se mais, “pelo facto do pacote da bolsa ser completo”.
O jovem completou, em 2019, um programa de dupla licenciatura em Administração Pública e em Estudos Internacionais e de Área, tendo no mesmo ano feito uma especialização em Ciências Políticas.
Após a conclusão das duas licenciaturas, decidiu avançar para um mestrado, pois sentia a necessidade de tornar-se perito em questões de Políticas Internacionais, Administração Pública e Governação. Para o efeito, concorreu e foi admitido em universidades norte-americanas como a New York University, American University e George Washington University, para estudar Relações Internacionais ou Administração Pública.
Porém, limitações financeiras levaram-no a abdicar das mesmas, tendo optado por aceitar a oferta de uma bolsa para mestrado em Administração Pública e para um programa de pós-graduação em Desenvolvimento de Recursos Humanos e Diversidade da Força de Trabalho, ambas na instituição onde concluiu as licenciaturas.