O grupo indiano JES MOTORS registou um volume de negócios de 500 mil dólares em 2022, revelou em exclusivo à FOBES ÁFRICA LUSÓFONA, o director de vendas da companhia, Stanley Anthony.
Segundo Stanley Anthony, para o alcance dos resultados, foram adoptadas políticas que permitiram uma “boa relação com os clientes”, dando como exemplo, honrar os compromissos que têm com estes. “Se nos for solicitado uma viatura para estar com o cliente as 12 horas, é neste horário que o cliente terá a viatura”, apontou.
No país o grupo comercializa sete macas de automóveis, nomeadamente Toyota, Mitsubishi, Nisan, Suzuki, Hyundai, Kia e Lexus, estando a trabalhar para que passa ser representante exclusivos de algumas destas marcas em Angola.
Com presença no mercado angolano desde 2018, a JES MOTORS, já investiu cerca de 300 milhões de dólares e prevê continuar a investir tendo em conta as oportunidades de negócios que o país oferece.
À FORBES Anthony afirmou que a maior dificuldade do grupo tem a ver com a transferência de fundos e as taxas de câmbio entre o dólar e o kwanza, algo que tem dado alguma dor de cabeça. “Trazemos carros para o mercado angolano, mas transferir os fundos é muito difícil”, lamentou.
Para 2023 o grupo almeja ser o maior importador de carros e o que mais satisfaz os clientes, mas para isso, disse, dependem da transferência de fundo que ainda constitui um problema para a empresa.
Angola é o único país da lusofonia em África em que o JES MOTORS tem sediado um escritório e comercializa viaturas, mas existe no continente outros países que o grupo faz envio de viaturas, através do escritório sediado no Dubai.
“Não temos limites. Mandamos carros aonde a lei nos permite, porque os veículos que comercializamos, são veículos de volantes a esquerda. E por outra, não comercializamos só viaturas, também estamos no ramo dos vestuários, frutas e mandamos os nossos produtos a nível global, desde que não haja impedimentos legais”, explicou.
*Luzia dos Santos