A CEO da Izenu, Cristina Adriano, conta como surgiu a ideia da plataforma que nasce primeiro como rede social com feed, chat de conversação e stories, agregando também a parte de música que só existe na plataforma de streaming.
Uma plataforma concebida pelo seu irmão mais novo, engenheiro de computação, Etiene Adriano, já teve vários nomes antes de se chegar a ‘Izenu’ uma palavra originária do Kimbundu – significa ‘Venham’ -, já que: “Procurávamos algo que pudesse comunicar de forma mais aberta o que se queria fazer”.
“Na base da criação da Izenu esteve a intenção de unir as comunidades. Nós sabemos que, actualmente, as comunidades no mundo digital estão um pouco separadas. Numa aplicação de música eu não consigo estar perto da minha comunidade, então decidimos dar essa possibilidade ao utilizador e aos artistas de fazer tudo em simultâneo dentro da plataforma”, justificou a gestora.
Sem medo de competir com as plataformas que já se solidificaram no mercado internacional, realça que, a sua ambição e motivação, é a vontade de dar aos artistas maior visibilidade, sendo que de outra forma, não teriam a oportunidade de a conquistar. Mas, entretanto, admitiu que há algumas dificuldades apresentadas pelo continente como as barreiras tecnológicas e o acesso à internet.
Tendo em conta estes constrangimentos, Cristina Adriano diz que, dentro da plataforma, a rede social será a custo zero, não carece de saldo de internet para ser conectada, pelo que procura parceiros estratégicos para conseguirem atingir os seus objectivos.
“Nós queremos que o Izenu seja abrangente em todo o país e também em toda a África, principalmente, onde sabemos que a maior parte não tem acesso a um smartphone e a dados de internet de forma gratuita, por isso estamos a verse conseguimos encontrar os parceiros certos para que todas essas comunidades consigam estar ligadas dentro da aplicação”, detalhou Cristina Adriano.
Acrescenta ainda que o lançamento do satélite ANGOSAT2 trouxe grandes benefícios por abranger uma boa parte da África Subsariana e vai ajudar na redução do acesso a dados de internet em certas zonas que ainda têm algumas dificuldades nas suas comunicações.
Investimentos feitos até agora
Cristina Adriano afirmou que: “Já fizemos um investimento acima dos 100 mil dólares, esperamos ter retorno do capital investido depois de um ano. Se nós conseguirmos atingir a nossa meta e estar com quem nós consideramos parceiros-chaves para continuarmos a avançar com o projecto em si, conseguiremos ter o retorno no prazo estabelecido”. E para o conseguir o investimento tem sido no marketing digital.
Foi assinado um memorando de entendimento entre a Sociedade Angolana de Direitos do Autor (SADIA) e a Izenu, com objectivo de destacar os músicos angolanos e de África em geral.
*Matéria completa na edição impressa Maio/Junho