O Investimento Directo Estrangeiro em Moçambique caiu 66,8% no primeiro trimestre, face a 2022, para 460,1 milhões de dólares, liderado pela África do Sul, segundo dados do banco central.
O relatório estatístico do Banco de Moçambique sobre a balança de pagamentos no primeiro trimestre refere que para esta queda no Investimento Directo Estrangeiro (IDE) no país contribuiu a redução de 67,8% ao nível dos denominados “Grandes Projectos”, e de 54,3% nas “empresas de economia tradicional”.
No primeiro trimestre de 2022, Moçambique tinha captado mais de 1.386 milhões de dólares em investimento estrangeiro, com o arranque de projectos de produção de gás.
A África do Sul continua a liderar entre os países de origem do IDE em Moçambique, com um peso total de 39,1% no investimento realizado no primeiro trimestre, seguida das Ilhas Maurícias (34,3%), Países Baixos (17,2%) e Emirados Árabes Unidos (8,9%).
Em termos de distribuição sectorial do IDE, a indústria extrativa manteve a posição de maior receptor de fluxos de investimento em Moçambique ao encaixar 421,2 milhões de dólares no primeiro trimestre, equivalente a 91,6% do total.
“De onde se destacam recursos destinados ao financiamento das operações de exploração de gás” com 298,3 milhões de dólares, sendo o remanescente “distribuído entre as áreas de exploração de carvão mineral, areias pesadas e outras”, explica o banco central, citado pela Lusa.