Mais de 5.000 cabo-verdianos aprenderam mandarim e cultura chinesa em Cabo Verde nos últimos seis anos, desde a abertura do Instituto Confúcio, em Dezembro de 2015, na Praia.
O curso de língua e cultura chinesa tem sido o mais procurado pelos mais jovens, que acreditam ser o curso que venha dar mais oportunidade de futuro na China.
A língua chinesa e respectiva cultura já entrou no currículo de vários jovens cabo-verdianos, sendo actualmente ministrada, também, num curso superior da Uni-CV e em 15 escolas secundárias das ilhas de Santiago e São Vicente, refere uma fonte do Instituto Confúcio.
Além dos estudantes, o Instituto Confúcio refere que anualmente realiza “acções de formação” para professores voluntários de língua chinesa e acções de formação em língua portuguesa destinadas aos professores chineses a cumprir missão em Cabo Verde.
“Estas acções de formação têm como objectivo melhorar a capacidade linguística dos professores, de modo a estimular uma melhor interação com os alunos cabo-verdianos. Têm, também, como objectivo o melhoramento contínuo das várias regras e regulamentos, para uma gestão mais eficiente”, referiu fonte da instituição, citada pela Lusa.
Além destas formações, 15 alunos inscreveram-se em Novembro passado na primeira licenciatura em Língua, Literatura e Cultura Chinesa em Cabo Verde, o mais recente curso da universidade pública, ministrado no novo campus da Uni-CV, com o apoio do Instituto Confúcio.
“É um grande dia para a nossa universidade. Conseguimos agora concretizar um sonho acalentado desde 2015”, explicou a então reitora da Uni-CV, Judite do Nascimento, garantindo que para este projecto foram igualmente capacitados quadros cabo-verdianos.
A Agência Reguladora do Ensino Superior (ARES) cabo-verdiano autorizou a Uni-CV, em 21 de outubro, a ministrar a primeira licenciatura em Língua, Literatura e Cultura Chinesa, a qual conta com quatro professores chineses de uma universidade de Cantão e o apoio de mais três voluntários.
Com Lusa