A província de Inhambane, no sul de Moçambique, atingiu os níveis normais de produção de ovos após o surto de gripe das aves registado em Outubro de 2023. Em três meses, foram produzidas cerca de 158 mil dúzias de ovos, conforme anunciado o porta-voz do Conselho Executivo Provincial, Emídio Nhantumbo.
“Em Setembro, Outubro e Novembro a produção foi de 47.550, 53.590 e 57.347 dúzias, respectivamente, o que significa que, após a eclosão da doença e as medidas adotadas, a província está a recuperar muito bem”, destacou Nhantumbo.
O surto levou ao abate de 45 mil galinhas poedeiras numa unidade de produção, que antes produzia cerca de 44 mil ovos diários. O caso esteve associado a surtos de dois estirpes de gripe aviária registados na África do Sul no mesmo período.
Segundo a Lusa, com Nhantumbo, a província já recuperou os níveis de produção anteriores, acumulando 316 mil dúzias de ovos entre Janeiro e Novembro. O objectivo agora é aumentar a produção para reduzir a dependência externa e suprir outras províncias moçambicanas.
“Temos que continuar a trabalhar com o setor privado para garantir que a produção seja cada vez maior, de modo a aumentar a oferta para a nossa população e levar os ovos de Inhambane a outras partes do país”, afirmou.
O director nacional de Desenvolvimento Pecuário, Américo da Conceição, afirmou em Fevereiro que Moçambique não registrou novos casos de gripe das aves desde outubro e antes concluiu o processo de certificação da eliminação da doença até abril de 2024.
Para declarar um país livre de gripe aviária, é necessário um período de seis meses sem novos casos e a realização de testagens validadas pela Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA). Em Moçambique, o único foco registado ocorreu numa unidade privada em Morrumbene, na província de Inhambane.