A taxa de inflação em Angola no mês de Novembro caiu para 15,24%, o valor mais baixo registado nos últimos quatro anos, representando um decréscimo de 11,74 pontos percentuais (pp) em relação a observada em igual período do ano anterior e uma desaceleração de 1,44 pp.
“Alimentação e bebidas não alcoólicas” foi a classe que mais contribuiu para o aumento do nível geral de preços, com 0,42 pp durante o período em referência, seguida das classes “bens e serviços diversos” com 0,09 pp, “saúde” (0,07 pp) e “vestuário e calçado” (0,06 pp), enquanto as restantes classes tiveram contribuições inferiores a 0,06 pp, segundo o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN), divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) do país.
A variação confirma assim a espectativa do Banco Nacional de Angola (BNA), que previa uma taxa de inflação inferior aos 18% até ao fim deste ano.
Os dados dão ainda conta que, de Outubro a Novembro do ano em curso, o IPCN registou uma variação de 0,82% e que, comparando as variações mensais (Outubro a Novembro de 2022), verifica-se uma aceleração de 0,04 pp, ao passo que, em termos homólogos (Novembro 2021 a Novembro 2022), regista-se uma desaceleração na variação actual de 1,26 pp.
Com 0,60%, Moxico foi a província que apresentou a menor variação nos preços, seguida pela Lunda Sul (0,69%) e Bengo (0,70%). A maior variação foi registada nas províncias do Zaire (1,09%), Lunda Norte (1,06%) e Cuanza Sul (0,99%).
No seu boletim estatístico, o INE adianta que a classe “saúde” foi a que registou o maior aumento de preços, com uma variação de 1,84%, destacando ainda a contribuição da classe “vestuário e calçado” (1,75%), “bens e serviços diversos” (1,31%) e “lazer, recreação e cultura” (1,15%).