O ritmo anual de aumento do custo de vida em Angola abrandou 13,2 pontos percentuais, passando de 27,0% em Dezembro de 2021 para 13,9% em Dezembro de 2022, abaixo da última previsão do Governo, que apontava a 14,4% e dos 21% previstos pelo FMI, de acordo com o Índice de Preços de Consumidor (IPC) de Dezembro do Instituto Nacional de Estatística (INE).
O documento sublinha ainda que as séries estatísticas do INE, desde dezembro de 2015 que os preços não estavam tão baixos (12,09%).
Segundo o Índice de Preços no Consumidor Nacional, a inflação no final do ano quebra, assim, uma tendência de aceleração verificada em 2020 (25,1%) e seguida em 2021 (27,0%). Já em termos mensais, o custo de vida no mês em que tradicionalmente os angolanos mais gastam em consumo aumentou quase 0,9%.
Comparando as variações mensais registou-se uma aceleração de 0,05 pontos percentuais, ao contrário do que aconteceu em termos homólogos (dezembro 2021 a dezembro 2022), com uma desaceleração de 1,23 pontos percentuais.
“No entanto, por classes de consumo, durante o mês de dezembro de 2022, a classe “Vestuário e Calçado” foi a que registou o maior aumento de preços (1,98%), verificando-se igualmente subidas na “Saúde” (1,85%), “Bens e Serviços Diversos” (1,46%) e “Lazer, Recreação e Cultura” (1,08%), enquanto os transportes e comunicações tiveram variações menos expressivas (0,23% e 0,27%, respetivamente), e na educação ficaram inalterados”, lê-se no documento.