O aumento da produção nacional, sobretudo, nas culturas de arroz, milho, trigo e soja, “terá de passar pela tecnologia”, defendeu João Germano e Silva, director de Desenvolvimento de Negócios da Agricultiva, empresa subsidiária do grupo Mitrelli., com forte presença na agricultura no mercado angolano.
Para isso, de acordo com o gestor do grupo que tem forte presença no sector agrícola angolano, será necessário adaptar a tecnologia ao mercado e conceder formação.
“Temos de criar condições intrínsecas para tomarmos conta da nossa produção e não dependermos sempre do exterior”, defendeu o responsável, durante a V Conferência sobre Agricultura, subordinada ao tema “Agro-Indústria, a Reserva Estratégica Alimentar (REA) e as razões por que continuamos a depender de importações”, realizou recentemente, em Luanda.
Abordando a necessidade de Angola fomentar a produção nacional para atingir uma autonomia soberana na área alimentar, João Germano e Silva destacou o papel da tecnologia.
“A nossa visão, e onde pensamos que podemos ajudar, é na tecnologia. O governo angolano tem a intenção de, até 2027, multiplicar por 20 a produção de arroz, por dois o milho, por 20 o trigo, por 20 a soja, e quase por 20 o sector da pecuária. Aumentar a produtividade por hectare nessas culturas será possível com tecnologia”, sublinhou.
De acordo com o gestor, para isso, será necessário adaptar a tecnologia ao mercado e conceder formação. “Temos de criar condições intrínsecas para tomarmos conta da nossa produção e não dependermos sempre do exterior”.
A fazenda de produção de cereais em Samba Cajú, da responsabilidade do governo e gerida pelo grupo Metrilli, possui 2 mil hectares de produção de milho e soja, dos quais 1.000 a 1.500 são irrigados a partir de uma barragem com a capacidade de 2.650.000 metros cúbicos e com recurso a pivots centrais, sendo a restante área de cultivo de sequeiro.
*José Zangui