Cabo Verde arrecadou quase 4,2 milhões de euros com a taxa paga obrigatoriamente pelos turistas de Janeiro a Abril, o dobro face ao mesmo período de 2022, mantendo-se acima do encaixe anterior à pandemia, indicam dados oficiais.
Segundo um relatório do Ministério das Finanças do país sobre a execução orçamental até Abril, as receitas da contribuição turística ascenderam em quatro meses a mais de 4,2 milhões de euros, equivalente a 48,8% do orçamentado pelo Governo para o ano de 2023, que é de 8,6 milhões de euros.
“Este valor, a um ritmo superior a um milhão de euros por mês, continua a superar o registado no mesmo período de 2019, antes dos efeitos da pandemia da Covid-19 na procura turística, que foi então de 749 mil euros por mês, representando uma arrecadação adicional, em termos homólogos, de 2 milhões de euros”, sublinha o relatório, citado pela Lusa.
Este desempenho representa ainda um crescimento de 92% face aos quatro primeiros meses de 2022, cuja arrecadação foi de 2,2 milhões de euros, o que reflete um “aumento substancial da procura turística no trimestre”, justifica-se ainda no relatório.
A contribuição turística foi introduzida pelo Governo cabo-verdiano em Maio de 2013, com todas as unidades hoteleiras e similares obrigadas a cobrar 220 escudos (dois euros) por cada pernoita até 10 dias, a cada turista com mais de 16 anos. Contudo, esse valor aumentou 25% em Janeiro, para 276 escudos (2,50 euros) por noite, conforme previsto no Orçamento do Estado para 2023.