A Ilha do Príncipe renovou, por mais dez anos, o estatuto de Reserva Mundial da Biosfera, atribuído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O resultado foi divulgado, há dias, em Paris (França), depois de uma avaliação periódica à última década de trabalho das autoridades de São Tomé e Príncipe.
O plano para os próximos dez anos, denominado Agenda Príncipe 2030, tem como foco principal o desenvolvimento sustentável, cujas metas estão alinhadas com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), no sentido de ajudar a desenvolver o planeta sem destruição e sem comprometer as gerações futuras.
A primeira candidatura, segundo a RTP, foi feita em 2011 e a 12 de Julho de 2012 a ilha do Príncipe recebia o destaque.
Em reacção, o presidente do Governo regional do Príncipe, Filipe Nascimento, citado pela RTP, sublinhou ser um momento de “enorme orgulho e satisfação”, mas também muita responsabilidade.
“Em primeiro lugar, quero agradecer a toda a população da Ilha do Príncipe, as nossas comunidades, as autoridades de São Tome e Príncipe, os nossos parceiros e a Unesco, por este reconhecimento. Para a nossa população, em termos imediatos, é um ganho, porque, enquanto habitantes da Ilha, têm aqui a intervenção das autoridades, equilibrando ao máximo porque há uma perspectiva de harmonia entre o homem e a natureza”, disse.
À RTP, Filipe Nascimento referiu que a renovação traz consigo vários desafios. “Há necessidade de se oferecer alternativas para que o processo de desenvolvimento não seja comprometido por falta de um ou outro recurso material necessário, nomeadamente no sector da construção civil, em que há necessidade de se explorar árvores e areias, sendo nossa responsabilidade trazermos essas alternativas para combatermos o abate descoordenado das árvores e a extração ilegal de areia das praias”, referiu.