A ilha cabo-verdiana do Sal recebe de hoje até Sábado o African Caucus 2023, encontro anual que junta ministros das finanças e governadores dos bancos centrais africanos com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM).
Da agenda do encontro, subordinado ao tema “Novas Modalidades e Mecanismos para Financiar o Desenvolvimento Económico em África”, fazem partes várias reuniões e sessões de debate, com o dia de hoje [Quinta-feira, 06] a ser preenchido com um evento da Corporação Financeira Internacional sobre o “Desenvolvimento de Mercados de Títulos de Dívida Verde e Sustentável em África”.
Para esta Sexta-feira, 07, o principal dia do evento, o African Caucus tem diversas sessões, incluindo uma apresentação do director do departamento africano do FMI, Abebe Aemro Selassie, sobre os constrangimentos financeiros na região, e uma sessão sobre “a dívida pública como um instrumento de financiamento para o crescimento em África, no âmbito da nova arquitetura financeira global”.
Ainda na Sexta-feira, haverá uma sessão dedicada à formalização da economia informal, com base na experiência de Angola, e outra sobre como desbloquear o financiamento verde para África.
Segundo a Lusa, no Sábado, último dia do African Caucus, os líderes dos países e instituições participantes vão reunir-se e deverá ser depois divulgada a Declaração do Sal, antes de o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças de Cabo Verde, Olavo Correia, encerrar o encontro.
A dívida verde é um tipo de emissões de dívida soberana que serve para financiar projectos especificamente relacionados com objectivos ambientais, sociais ou de desenvolvimento, sendo apontado pelos analistas como um mercado muito promissor para os países africanos, dada a premência das preocupações ambientais entre os investidores internacionais e fundos de pensões institucionais.