O Instituto de Desenvolvimento Industrial de Angola (IDIA), preocupada actualmente com o estado das infraestruturas, convida os empresários do sector privado para parcerias publico-privadas na gestão dos vários pólos industriais existentes no país.
Em entrevista à FORBES, Dário Camati, director do IDIA, diz que existem várias infra-estruturas sob gestão da sua instituição que são, no fundo, potenciais pólos de desenvolvimento industrial, daí o convite aos empresários no sentido de adquirirem lotes de terrenos nos respectivos pólos, “a preços acessíveis”.
Falando a propósito da apresentação do Plano de Desenvolvimento Industrial de Angola (PDIA) 2025, o director da entidade responsável pela gestão daquelas infra-estruturas, revela que dos 22 pólos de desenvolvimento industriais previstos para serem implementados em todo o país, apenas o de Viana, localizado em Luanda, e o da Catumbela, em Benguela, evoluíram pelo facto de se autonomizaram, ou seja, de terem uma gestão própria.
Os referidos polos, avança, têm uma sociedade gestora diferente do IDIA apesar desta entidade ser sócio maioritário dos mesmos. Explica que são de capitais públicos, que funciona como uma sociedade de capital comercial, com estrutura própria e com um presidente do conselho de administração. “O IDIA é sócio maioritário dessas entidades gestoras, mais a sua intervenção é mais residual, do ponto de vista político do que da gestão dos pólos”, precisa.
De acordo com Dário Camati, outro pólo que também está em vias de desenvolvimento é o de Fútila, em Cabinda, que, apesar de ser feito já um investimento público, ainda não evoluiu ao ponto de se criar uma sociedade gestora. Acrescentou que a estratégia desenhada foi de trazer o referido pólo a um modelo de parceria publico-privada, que técnica, industrial e economicamente requer a especialização da sua construção, numa empreitada em que o IDIA conta com ajuda do Banco Mundial.