O Presidente da Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cipriano Cassamá, afirmou neste Sábado, em Luanda, que “hoje, mais do que nunca, a CPLP é necessária”, tendo acrescentado que o reforço da cooperação entre os países-membros com o resto do mundo passa, “indubitavelmente”, pela força de se construir uma comunidade.
Ao intervir durante na XIIIª Conferência de Chefes de Estado e de Governo da organização, realizada na capital angolana, o responsável guineense garantiu que todas as nações e sociedades de qualquer parte do mundo, consideram a CPLP. “Somos atractivos”, referiu.
Sublinhou que essa realidade é espelhada pelo volume de países e instituições internacionais que observam e participam das actividades dos estados que integram a Comunidade de países lusófonos, “onde muitos têm interesses”.
Cassamá destacou que a presidência da Assembleia Parlamentar da CPLP, por parte Guiné-Bissau, coincide com a presidência angolana da organização, o que considera ser “uma coincidência feliz”, perspectivando vir a permitir que os Estados-membros trabalhem em sinergias para o fortalecimento das instituições e do cumprimento das agendas adoptadas.
“Por isso, precisamos consolidar e intensificar o nosso espírito de pertença e cooperação económica entre os nossos Estados-membros”, reforça
Por outro lado, disse ainda que os Estados são chamados a promover e aprofundar iniciativas conjuntas, quer de empresas quer de empresários, com especial destaque para as propriedades e organizações de mercados e fontes de financiamento.
Para Cipriano Cassamá, a implementação dessas acçoes deverá ser acompanhada com medidas de combate a pobreza e a desigualdade social, um mal que ainda afecta quase que a totalidade dos países da comunidade. “O combate a pobreza pela integração dos jovens e das mulheres pela desigualdade e políticas públicas, deverá constituir nossas prioridades absoluta”, afirma.
Plataforma de cooperação anti-Covid-19 é necessária
O líder parlamentar da CPLP apelou também aos Estados-membros a criação de uma plataforma de cooperação que permita a todos atingirem a imunidade contra a Covid-19, o quanto antes.
“A Covid-19 chegou, instalou-se, provocou grandes estragos e não poupou ninguém. Entendem os parlamentares da CPLP que os Estado e Governos devem, com base nas alíneas E e H do artigo quinto do Estatuto da organização, encontrar uma plataforma de cooperação que permita a todos os países-membros a possibilidades de atingir a imunidade o mais rápido possível”, apelou.
Cipriano Cassamá sugere, no entanto, que tal plataforma deve ser solidária “para evitar que qualquer um de nós fique para trás e que cada um possa efectivamente contar com os esforços e acção de todos”.