A HL Shop – markeplace de lojas e mercados online, que congrega actualmente mais de 20 lojas – regista mensalmente mais de 3 milhões de kwanzas , segundo revelou à FORBES o seu CEO, Valdemar Hoque.
O gestor, que faz um balanço positivo da actividade da empresa, indicou que o crescimento do negócio está a ser influenciado pela Covid-19. Desde o surgimento da pandemia, conta, a plataforma passou a registar mais de 300 visitas por mês, muitas a partir do estrangeiro, contra uma média de 41 que eram feitas anteriormente.
“O e-commerce ganha força e passou a ser a melhor opção de venda, pois os consumidores recebem os seus produtos em casa, com o menor contacto físico possível. Importa dizer também que a Covid-19 acabou por acelerar muito a explosão informacional e o movimento da transformação digital que já estava em curso”, afirmou Valdemar Hoque.
O empreendedor referiu ainda que, em Angola, a maior parte dos clientes tiveram as suas primeiras experiências com a compra online empurrados pelo surgimento do novo coronavírus, destacando que o ponto positivo em tudo isso é que muitas pessoas que apresentavam uma certa resistência em apostar em compras pela internet, passaram a fazê-lo, colocando uma pressão positiva à procura.
Criada em 2019, a plataforma HL Shop surgiu, numa primeira fase, com o objectivo exclusivo de vender roupas, mas o que era apenas para ser uma aventura de dois jovens estudantes, no caso Valdemar Hoque, formado em engenharia informática, e Adriano Lupossa, que estudou ciência da computação, acabou por se transformar num marketplace que, com várias lojas e mercados online, vem aos pouco conquistando o seu espaço.
Hoje para além de roupas, a HL Shop conta com lojas de venda de equipamentos electrónicos, artigos para lar, assim como produtos do mercado informal do 30, localizado no município de Viana, em Luanda.
Valdemar explicou que a abertura de lojas no HL Shop são gratuitas. Segundo avança, o projecto não envolveu muitos custos, fixando-se o valor de investimento nos 9 milhões de kwanzas.
Uma das razões que levaram a criação da plataforma, justifica, foi o facto de que as soluções de lojas virtuais existentes no mercado não atendiam a maior parte das necessidades de consumo das pessoas, o que fez com que muitas pessoas deixassem de utilizar as lojas de compra online. “A HL Shop veio para unir tecnologia e negócios, no sentido de oferecer a melhor experiência de compra online”, garante.
Actualmente, conta com mais de 20 lojas registadas, entre as quais a Pathway, iprint – Gráfica Online, Fácil +, Riso Electrónico DJ, Mercado do 30, ChillHop Barbecue, Cenas do Kubico, onde os clientes podem encontrar produtos como smartphones, imóveis, matérias de djs, objectos eletrónicos, roupas, loiça para casa entre outros produtos.
A plataforma, vencedora do concurso “Quem Quer Ser Empreendedor (QQSE) 2020”, promovido pela Embaixada dos Estados em Angola, o que lhe permitiu encaixar mais de 10 milhões de kwanzas, emprega actualmente dez colaboradores, entre programadores, especialistas de marketing e business development manager.
Além do QQSE, a empresa participou também em vários eventos de empreendedorismo, como o Beta Start Luanda, um programa de pré-aceleração que ajuda a construir o ecossistema de empreendedores e apoia o desenvolvimento de start-ups com novas ideias de projectos inovadores, organizado por Beta-i e a Acelera Angola, numa parceria com o Banco Angolano de Investimentos (BAI) e a petrolífera francesa Total.