Com dois projectos adicionais, a Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB), em Moçambique, uma das maiores produtoras independentes de energia da região austral de África, prevê quase duplicar os seus níveis de produção de energia, actualmente de 2 075 MW.

Um dos projectos, o maior, consiste na reactivação da Central Norte, com capacidade estimada em 1 245 MegaWatts (MW), a ser implantado na província de Tete. De princípio, as obras poderão iniciar em 2028 e terminar em 2032, conforme revelou, recentemente, o presidente do conselho de administração da empresa, Tomás Matola. O outro, consiste na implementação do projecto de uma central fotovoltaica de até 400 MW, que poderá terminar nos próximos anos.

Neste momento, a HCB funciona com um equipamento tido pelos gestores da empresa como sendo descontinuado, com destaque para os grupos geradores, que deve ser substituído nos próximos cinco anos. Espera-se que o projecto da central fotovoltaica ajude, durante o período de transição tecnológica, a equilibrar as contas da empresa que, actualmente, encontram-se estáveis.

“A HCB é uma empresa que, financeiramente, está bastante saudável, quer em termos de indicadores de liquidez, quer em termos da própria capacidade de geração de receitas. A robustez económico-financeira da empresa, permite-a honrar os seus compromissos e realizar investimentos concernentes à expansão e diversificação do seu negócio”, refere a empresa em comunicado.

Em finais de Novembro deste ano, a HCB superou em 12%, a meta da produção anual planificada para 2023, fixada em 14 291 665,47 MWh de energia eléctrica. “Até ao final do ano, a HCB espera gerar 15 753 510,05 MWh, correspondente a 1,9% acima do volume de produção alcançado em 2022”, lê-se na nota.

De acordo com a empresa, a presente cifra resulta do desempenho dos actuais programas de reforço da operação e manutenção dos equipamentos de geração e transporte hidro-energéticos.

“A superação da produção energética anual, registada a 30 de Novembro de 2023, traduziu-se, igualmente, em receitas consideráveis, com um incremento na ordem de 29% se comparadas com o mesmo período de 2022, o que contribuirá para consolidar a robustez económico-financeira da Empresa.

“Até Novembro de 2023, a nossa contribuição para a economia nacional e canalizada para o Estado moçambicano foi de cerca de 13,06 mil milhões de meticais (cerca de 202,6 milhões de dólares), correspondente à impostos, taxa de concessão e dividendos”, explica o PCA da HCB.

*Rodrigo Oliveira