A realizadora Denise Fernandes conquistou, com “Hanami”, projecto filmado na Ilha do Fogo, em Cabo Verde, o prémio revelação na 77.ª edição do Festival de Cinema de Locarno, na Suíça.
Denise Fernandes, que já tinha apresentado em Locarno a curta-metragem “Nha Mila” (2020), é uma realizadora portuguesa de origem cabo-verdiana, formada na Suíça.
O seu nome consta por duas vezes na lista de premiados, primeiro com o Prémio de Melhor Diretor Revelação – Cidade e Região de Locarno e, depois, nas Menções Especiais. Esta longa-metragem fala das etapas e dores do crescimento de uma menina, desde que está na barriga da mãe até à adolescência.
Na secção “Cineastas do Presente”, “Hanami” centra-se na história de uma família de “uma ilha vulcânica remota”, de onde toda a gente quer partir, mas onde uma criança, “a pequena Nana, aprende a ficar”.
O grande vencedor foi Akiplėša (Toxic) que deu à cineasta lituana Saulė Bliuvaitė o Leopardo de Ouro.
O filme acompanha duas meninas de 13 anos, Marija e Kristina, que criam um vínculo único em uma escola de modelos local, onde a promessa de uma vida melhor leva as meninas a violar seus corpos de maneiras cada vez mais extremas.
Já Mond, de Kurdwin Ayub (Áustria), ganhou o Prémio Especial do Júri, enquanto o Prémio de Melhor Direção foi para Laurynas Bareiša por Seses (Afogando-se a Seco).
Os dois prémios de Melhor Performance foram dados respetivamente a Gelminė Glemžaitė, Agnė Kaktaitė, Giedrius Kiela e Paulius Markevičius por Seses e a Kim Minhee, estrela de Suyoocheon de Hong Sangsoo (Coreia do Sul).