A Guiné Equatorial quer passar para outra etapa de integração como Estado-membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), “mais dinâmica” e baseada na “cooperação”, defendeu o embaixador do país em Lisboa, Tito Mba Ada.
A Guiné Equatorial “beneficiou de um programa de apoio à integração [na CPLP], e de acompanhamento, que foi concebido num tempo real”, afirmou o diplomata Tito Mba Ada, em Lisboa desde 2016, dois anos depois da adesão do país à organização lusófona. Essa etapa, adianta o embaixador, “terminou em 2022”.
“Veremos os bons resultados, tiramos lições e fazem-se recomendações”, acrescentou. E graças a elas, na opinião do diplomata são dados “outros passos, com certeza, para não repetir”.
Tito Mba Ada adiantou que a Guiné Equatorial vai ter a oportunidade de apresentar um relatório de avaliação do último programa de apoio à integração do país na CPLP, em São Tomé e Príncipe, que indica como foi implementado. “Cremos que as tarefas foram bem feitas”, afirmou.
Segundo a Lusa, o relatório desse programa será apreciado no Conselho de Ministros que antecede a XIV cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CPLP, que decorre a 27 de Agosto em São Tomé e Príncipe, país que assume nessa data a presidência rotativa da comunidade, sucedendo a Angola.
Para o diplomata, o seu país aproveitou “bem as formações e intercâmbios” com os outros Estados-membros, mas há coisas que querem continuar, sublinhou.
“A língua portuguesa no sistema educativo do país já não é para nós [referindo-se aos da sua geração, num país maioritariamente falante de espanhol], é para os jovens. Os jovens estão a aprender e o sistema educativo está a avançar. (…) E a língua portuguesa é a nossa língua e não tem data de caducidade”, comentou.
“Vamos começar agora uma nova etapa de cooperação, em que gostaríamos de trabalhar com programas mais amplos”, reforçou.
No caso da língua portuguesa, defendeu o embaixador, “é necessária uma estratégia de intervenção conjunta entre diferentes eixos”, com destaque para o ensino. E, avançou, “a etapa seguinte vai ser de cooperação”.