O Governo da Guiné Equatorial vai solicitar, nas próximas semanas, um novo programa de financiamento ao Fundo Monetário Internacional (FMI), para apoiar a sua agenda de diversificação, adiantou nesta Segunda-feira, 12, o porta-voz da organização financeira internacional.
Segundo Mesmin Koulet-Vickot, o programa de três anos, ao abrigo do Programa de Financiamento Ampliado, aprovado em 2019, terminou em Dezembro de 2022 sem uma avaliação, devido ao insuficiente comprometimento, devendo surgir um novo pedido formal das autoridades nas próximas semanas.
“A implementação do programa foi difícil por causa da pandemia da Covid-19, explosões em Bata, eleições e insuficiente comprometimento com o próprio programa”, acrescentou o porta-voz.
No documento emitido no seguimento de uma visita à Guiné Equatorial, o FMI confirma que a economia do mais recente país da lusofonia cresceu 2,2% no ano passado, “puxada” pelos preços mais elevados dos hidrocarbonetos, registando assim o primeiro ano de crescimento económico desde 2014, mas alerta que no ano em curso deverá voltar a registar uma recessão.
“Para 2023, a actividade económica deverá cair 6,4%, uma recessão mais pronunciada do que o inicialmente previsto, reflectindo um impacto mais severo do incidente no poço petrolífero Zafiro”, disse o líder da missão, Mesmin Koulet-Vickot, citado pela Lusa.