Na edição deste ano do Índice de Percepção da Corrupção (CPI, na sigla em inglês), elaborado pela organização não-governamental Transparência Internacional, e que classifica de zero (percepcionado como muito corrupto) a 100 pontos (muito transparente) 180 países e territórios, refere-se que a Guiné Equatorial (17 pontos), o Sudão do Sul (13) e a Somália (11) registam os resultados mais baixos, “sem qualquer sinal de melhoria” em África.
A tendência da Guiné Equatorial nos últimos cinco anos traduziu-se na perda de um ponto e considerando os últimos 11 anos perdeu três.
Ao contrário, São Tomé e Príncipe desceu três lugares e é, entre os 49 Estados considerados, o 7º país menos corrupto da África subsaariana. O CPI mostra que São Tomé e Príncipe passou para a 68ª posição, entre 180, alcançando 45 pontos na escala.
A tendência de São Tomé e Príncipe nos últimos cinco anos traduziu-se na perda de um ponto e considerando os últimos 11 anos averbou mais três.
Entretanto, de acordo com o relatório, Cabo Verde é o segundo país menos corrupto da África subsaariana, e o 31 entre os 180 Estados e territórios considerados. O Índice indica que o país obteve 64 pontos.
O relatório destaca que Cabo Verde aprovou, recentemente, uma lei que cria uma plataforma electrónica para os operadores judiciários, “a fim de reduzir atrasos e processos pendentes”.
Já a Guiné-Bissau subiu um lugar e é o 40º país mais corrupto entre os 49 países da África subsaariana analisados no Índice de Percepção da Corrupção. O país subiu para 160º, alcançando 22 pontos.
Por sua vez, Moçambique desceu cinco lugares e é o 35º Estado mais corrupto entre os 49 países considerados da África subsaariana, segundo relatório. Moçambique passou para 147º, entre 180, no Índice de Percepção da Corrupção, alcançando 25 pontos.
Enquanto isso, Angola, país que a Transparência Internacional diz ter melhorado o combate à corrupção, fixou-se no 121º lugar do Índice de Perceção da Corrupção, alcançando 33 pontos. O país, um dos maiores produtores de petróleo de África, melhorou 14 pontos desde 2019. Angola ocupa assim o 121º lugar entre 180 países e territórios e, na região da África subsaariana, está no 21º entre os 49 países considerados.
O relatório refere que Angola adoptou medidas anticorrupção, que aplicou “de forma consistente” para recuperar bens roubados e responsabilizar abertamente os alegados autores através dos sistemas judiciais nacionais.
De acordo com os promotores do CPI, Angola finalizou uma estratégia anticorrupção para o período de 2018-2022 e estes esforços, juntamente com outras reformas judiciais, conduziram à recuperação de 3,3 mil milhões de dólares em activos pelo fundo soberano.
A investigação e a acção penal contra altos funcionários culminou também na recuperação de cerca de 7 mil milhões de dólares em activos financeiros e tangíveis, acrescenta ainda o relatório.