A Guiné Equatorial acaba de assinar novos contratos de partilha de exploração de petróleo com a Panoro Energy, que fica com 56% e a gestão de um bloco offshore, e a Africa Oil Corporation, revelou esta semana a Câmara Africana de Energia (AEC).
Os acordos, assinados pelo recém-nomeado ministro das Minas e Hidrocarbonetos da Guiné Equatorial, Antonio Oburu Ondo, concedem à Panoro Energy, com sede em Londres, a gestão e a maioria na sociedade para explorar o Bloco EG-01 e à canadiana Africa Oil Corporation dois contratos de partilha de produção (PPC) para os blocos, offshore, EG-18 e EG-31.
A Panoro vai trabalhar em parceria com a norte-americana Kosmos Energy (24%) e a petrolífera estatal da Guiné Equatori,l GEPetrol (20%), para realizar estudos, identificar e definir as reservas de hidrocarbonetos disponíveis durante um período de três anos, especifica o comunicado do grupo que actua em questões relacionadas a petróleo e gás em países africanos.
O presidente executivo da Panoro Energy, John Hamilton, considerou a atribuição deste bloco “uma expansão natural e complementar” da presença na Guiné Equatorial, consistente com a estratégia de exploração focada nas infra-estruturas.
“Aumenta o nosso acesso a um amplo potencial e faixas de petróleo à distância de ligação das instalações de produção existentes”, salientou.
Este novo contrato impulsiona a contribuição para o crescimento do setor energético da Guiné Equatorial da Panoro Energy, que já tem um papel crucial enquanto parceiro e operador do campo de Ceiba e do complexo de Okune – que inclui seis poços de petróleo e gás já em operação.
Quanto à Africa Oil Corporation, os dois contratos de parceria público-privada permitem-lhe entrar no mercado da Guiné Equatorial, ficando com uma participação de 80% nos blocos EG-18 e EG-31, enquanto a GEPetrol deterá uma participação de 20% em cada um.
O bloco EG-31 está estrategicamente localizado perto de infra-estruturas existentes, como o campo de gás Alba e o terminal de gás natural liquefeito (GNL) onshore, em Punta Europa, o que pode consolidar a posição da Guiné Equatorial no mercado deste combustível, como referiu o presidente e diretor-geral da empresa canadiana, Keith Hill, citado no comunicado.
*Com Lusa