A Guiné Equatorial anunciou a abertura do porto de Bata, situado no oeste do país, ao trânsito de mercadorias provenientes do Chade, como parte de um acordo quinquenal assinado entre os dois governos. O vice-presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Nguema Obiang Mangue, afirmou, no Sábado, através da rede social X, que este acordo visa reforçar a cooperação bilateral entre os dois países.
O novo entendimento vai facilitar o transporte de produtos do Chade para o Golfo da Guiné, eliminando a necessidade de um extenso percurso rodoviário que, actualmente, obriga a passagem por centenas de quilómetros desde o Chade, via Camarões, até à cidade de Ebibeyin, na fronteira com o Gabão. O Chade, um país sem litoral situado no Sahel, encontra-se a cerca de 1.500 quilómetros de distância do porto de Bata.
Segundo a Lusa, este acordo ocorre após um período de resistência nas relações bilaterais, que se acentuaram após uma tentativa de golpe de Estado contra o presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, em Dezembro de 2017, envolvendo mercenários chadianos e da República Centro-Africana. No final de agosto de 2024, 15 mercenários chadianos, acusados de envolvimento no golpe, foram entregues às autoridades do Chade após um gesto de perdão por parte do presidente da Guiné Equatorial.
A abertura do porto de Bata marca um novo capítulo nas relações entre os dois países, com a promessa de fortalecer a cooperação económica e comercial entre a Guiné Equatorial e o Chade.