A Zona Económica Exclusiva (ZEE) da Guiné-Bissau conta actualmente com mais de 357 toneladas de recursos haliêuticos demersais (espécies que vivem a maior parte do tempo no fundo do mar) entre peixes, crustáceos e cefalópodes, segundo um estudo apresentado pelo Ministério das Pescas guineense.
O estudo, segundo a Lusa, é o resultado da campanha de avaliação da diversidade, distribuição, abundância, rendimentos e dinâmica dos recursos demersais explorados na ZEE da Guiné-Bissau, realizada pelo Governo, durante 14 dias, entre 18 de Novembro a 02 de Dezembro passados.
A campanha foi financiada pela União Europeia e coordenada por Ignacio Sobrino Yraola, consultor internacional e investigador do Instituto Espanhol de Oceanografia (IEO). O estudo sublinha que a participação contou com os investigadores do Centro de Investigação Pesqueira Aplicada (CIPA) do Ministério das Pescas guineense.
No entanto, o estudo conclui que as estimativas de biomassa dos totais para os peixes, crustáceos e cefalópodes alcançaram um valor de 357.095 toneladas (…) nas profundidades que variam de 10 a 600 metros.
A campanha foi realizada na plataforma continental e talude da ZEE da Guiné-Bissau, onde pescam navios da frota industrial.
“Do ponto de vista da diversidade biológica foram identificadas durante a campanha de avaliação de stocks demersais 286 espécies, das quais 223 são peixes, repartidas em 101 famílias, 47 espécies de crustáceos pertencentes a 25 famílias e, finalmente, 16 espécies de cefalópodes, repartidas em quatro famílias”, lê-se no relatório da campanha.
O Ministério das Pescas disse esperar que os resultados apurados pelo estudo “sirvam de base para gestão sustentável” de stocks demersais explorados na ZEE e zonas de transição da Guiné-Bissau.