A Guiné-Bissau lamentou, há dias, o facto de ainda não ter participado em alguma missão de observação eleitoral da Comunidade de Países de Língua Portugues (CPLP), por falta de condições financeiras, mas o presidente da Assembleia Parlamentar da organização lusófona disse que o assunto estava a ser resolvido.
“Neste momento, a Guiné-Bissau não tem condições financeiras para participar na observação eleitoral dos países. Há problemas internos que não nos permitem fazer essas viagens. A haver essa possibilidade, estamos abertos a receber apoios de países”, disse Odete Semedo, deputada da Assembleia Popular Nacional da Guiné-Bissau.
A deputada, que falava durante o debate sobre as missões de observação eleitoral no âmbito da CPLP, que decorreu em Lisboa, no segundo dia da XI Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (AP-CPLP), dedicada à livre circulação de bens e serviços no espaço da organização lusófona, reforçou que, infelizmente, a Guiné-Bissau não tem nenhum relato de participação das eleições decorridas nos países da CPLP.
No entanto, no seguimento desta intervenção, o presidente da AP-CPLP e presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, afirmou que não há nada que não se resolva. “Estamos à espera dos meios suficientes para pôr à disposição dos nossos amigos para materializar esse desígnio”, referiu.
A AP-CPLP, cuja presidência é actualmente assumida pela Guiné-Bissau, foi criada em 2007, reunindo as representações de todos os parlamentos da organização, e pretende reforçar a solidariedade e a cooperação, sendo composta por deputados eleitos democraticamente, designados pelos parlamentos nacionais.