A Guiné-Bissau está hoje a assumir, com os seus próprios esforços, as principais responsabilidades inerentes a um Estado e a garantir a estabilidade política e o normal funcionamento das instituições do país, afirmou nesta Quinta-feira, o Presidente daquela República lusófona, Umaro Sissoco Embaló, durante a sua intervenção na 76ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, que decorre em Nova Iorque.
Ao agradecer o apoio dado por todos os parceiros da missão de consolidação de paz da ONU, extinta em Dezembro de 2020, Embaló referiu que a Guiné-Bissau está empenhada na realização concreta de objetivos endógenos, tais como a consolidação da paz no país e na criação de melhores condições de vida para a sua população, dando uma renovada esperança à sociedade guineense.
Entretanto, o Chefe de Estado guineense defendeu ser urgente melhorar a eficiência da ONU para revitalizar a organização na sua globalidade, pois que, disse, num mundo cada vez mais globalizado, a relevância da existência da Organização das Nações Unidas e das suas agências, tornou-se de extrema importância.
“Perante esta realidade, é urgente melhorar a eficiência da nossa organização e adotar as necessárias reformas, em todos os seus órgãos, incluindo o Conselho de Segurança, com vista à revitalização do Sistema das Nações Unidas na sua globalidade, considerou.
Na perspectiva do Estadista, só desta forma será possível implementar a agenda 2030, destinada a promover o desenvolvimento humano em todos os seus aspectos, e promover a igualdade do género, bem como o respeito pelos direitos humanos.
A pandemia também mereceu espaço no discurso do líder guineense, que enfatizou a necessidade de se apoiar os mais vulneráveis, promover a criação de sistemas de saúde adequados e garantir a todos os países, sem distinção, um acesso rápido e equitativo às vacinas contra a Covid-19.
Neste sentido, Umaro Embaló, manifestou-se disponível para trabalhar com os vários parceiros de desenvolvimento para encontrar “soluções inovadoras e viáveis face aos actuais desafios da pandemia”.
Sobre o ambiente, o Presidente da Guiné-Bissau salientou que as alterações climáticas são uma “realidade irrefutável”, que têm impacto e se fazem sentir “com mais frequência” nos Países Insulares em Desenvolvimento, grupo do qual a Guiné-Bissau faz parte.
“As alterações climáticas são um desafio permanente para todos”, disse, Embaló, indicando que o seu país tem elaborados planos de adaptação às alterações climáticas e aumentou o sistema nacional das áreas protegidas terrestres e marinhas para mais de 26% do território nacional.