A selecção de futebol da Guiné-Bissau, também conhecida por “Djurtos”, defrontam na noite deste Sábado a sua congénere da Costa do Marfim, na partida inaugural da 34ª edição do Campeonato Africano das Nações (CAN) 2023, que acontece a cada dois anos, desde 1957.
A partida que opõe os anfitriões da competição aos “Djurtos”, como também é conhecida a selecção guineense, acontece no Estádio Olympique d’Epimbe Outtara, na capital costa-marfinense. Com uma capacidade para 60 mil espectadores, este é provavelmente o maior estádio da prova e é por esse mesmo motivo que será o palco da final do torneio, no dia 11 de Fevereiro próximo.
Djurtos e “Elefantes”, outra denominação da selecção da Costa do Marfim, darão o ‘ponta pé de saída’ do CAN 2023 com os chefes de Estado dos dois países nas bancadas a testemunharem o arranque da prova e a assistirem a partida. Umaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau, chegou Sexta-feira no palco do campeonato, a convite do seu homologo costa-marfinense, Alassane Dramane Ouattara.
Pela primeira vez, na história do torneio organizado pela Confederação Africana de Futebol (CAF), cinco selecções lusófonas estão presentes na fase final do Campeonato Africano das Nações, nomeadamente Angola, Cabo Verde, Guiné Equatórial, Moçambique e Guiné-Bissau. As duas Guines [Bissau e Equatorial] fazem parte do grupo A, Cabo Verde e Moçambique estão enquadradas no grupo B, enquanto Angola está no grupo D.
Na capital económica marfinense, Abidjan, também conhecida como “Paris de África”, os citadinos de forma tímida começam a colorir as ruas e a manifestar-se com vuvuzelas, músicas e alegria. As coisas vão-se intensificando, à medida que a hora do jogo aproxima-se. A restauração, tanto a formal como informal, ganha uma maior afluência. O número de pessoas nas ruas tem vindo a aumentar e a festividade sente-se um pouco por todo lado, com um grande aparato de segurança montado.
Esta é a quarta vez consecutiva que a Guiné-Bissau participa numa fase final do CAN e a primeira que defronta a selecção costa-marfinense na competição. Os Djurtos contam com o apoio de cerca de 700 adeptos, residentes na Costa do Marfim, e de outros tantos que se deslocaram a propósito da Guiné-Bissau e de outros pontos do mundo.
Em declarações à imprensa, Baciro Candé, selecionador da Guiné-Bissau, garante ter a equipa preparada para dar o seu melhor nesta prova, cuja primeira edição aconteceu em Fevereiro de 1957, em cartum, no Sudão.
De recordar que a presente edição do CAN estava prevista acontecer em Março de 2023, mas a CAF decidiu passar a fase final para Janeiro/Fevereiro de 2023. A transferência resultou de uma reunião do Comité Executivo da CAF realizada em Rabat (Marrocos), à margem do CAN feminino.
O presidente da CAF, o sul-africano, Patrice Motsepe, justificou, na altura, que a alteração se deve ao clima, designadamente a chuva intensa que costuma cair na Costa do Marfim no mês de Março.