Um guia de oportunidades de investimentos encomendado pelo Ministério da Economia e Planeamento, com o propósito de dinamizar o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI) poderá ser desenvolvido e lançado este ano.
De acordo com informações a que a FORBES teve acesso, o instrumento de atração de investimentos, estará disponível em diferentes formatos, nomeadamente em vídeo, website, aplicativo e na forma impressa. O objectivo, indica um documento do Ministério da Economia e Planeamento, é disponibilizar mais informação para promover o aumento dos investimentos privados e reduzir o investimento público.
O documento da conta que o concurso público para a adjudicação da elaboração do guia de oportunidades de investimentos e a geo-referenciação foi lançado em Setembro do ano passado, por via do site do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) e do Jornal de Angola.
Neste âmbito, lê-se, os diferentes departamentos ministeriais que dinamizam o PRODESI, estão a desenvolver um processo de recolha de informações para acelerar a facilitação do investidor no país. O trabalho, explica, está a contemplar os decretos legislativos, executivos e presidenciais, para que o investidor venha a ter comodamente, toda a informação reunida num único sítio na internet ou num documento físico.
Ao reunir às condições de melhoria do ambiente de negócios, designadamente o apoio ao crédito, a desburocratização administrativa, se permitirá, através do guia de investimento, maior facilitação à promoção e atração do investidor, uma vez que, o guia trará explicações detalhadas e simples, sobre o funcionamento dos vários sectores e instrumentos financeiros disponíveis, garante o órgão que coordena a implementação do PRODESI.
Em 2020, terão sido aprovados pelo Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição de Importações 661 projectos, avaliados em 476 mil milhões de kwanzas, representando uma taxa de aprovação de 55,1%.
De acordo com o relatório de balanço do PRODESI, apresentado em Dezembro, no ano passado foram submetidos à banca para aprovação 1.199 projectos, encontrando-se outros 191 em negociações.
No que tem que ver com o impacto económico, o documento do Ministério da Economia e Planeamento aponta que os projectos aprovados contribuíram para a geração de 54.241 empregos e um aumento do volume de negócios nas empresas na ordem dos 727 mil milhões de Kwanzas.
O relatório destaca que a província do Huambo, com 457 projectos, lidera a lista das regiões que mais projectos viu financiados, seguida por Luanda com 136, Huíla (70) e Benguela com 70. Nas posições subsequentes aparecem as províncias do Namibe, Cuanza Sul e Bengo, ambas com seis projectos financiados, Zaire e Malanje com dois, cada, e Bié com um.